Irmãs separadas na maternidade se reencontram após 33 anos

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Julia Alberich, Juliana Alberich, Bianca Amorim e Camila Buchele são irmãs e foram separadas ao nascer, no hospital, e desde então cada uma seguiu sua vida e se reencontraram por acaso 30 anos depois.

E isso só foi possível porque Camila, de 33 anos, em 2020, descobriu que o nome de sua avó constava no cartório como testemunha do nascimento de outras três crianças: Bianca, Julia e Juliana. Mas o encontro se deve a Irmã Julia.

Camila morava com sua avó e sempre se questionou porque suas outras irmãs foram adotadas e ela não. Na infância chegou a morar com outras famílias, mas aos 11 anos voltou para casa da idosa. A empresária até chegou a conhecer o seu pai.

“Eu não morava com ele, minha vó nunca permitiu, devido à condição financeira dele. Mas ele sempre demonstrou interesse e vinha me ver durante os fins de semana”, disse ao Metrópoles.
“Nunca tive contato com a minha mãe biológica entre filha e mãe. Sabia quem ela era, mas nunca tive contato. E eu sempre me interessei por buscar a minha história, até para que eu pudesse encerrar um ciclo”, relata.

Dedicada a encontrar suas origens, a mulher foi em busca das suas irmãs. Trabalhando em lugares públicos da sua cidade, em Brusque, Santa Catarina, torcia que seus traços trouxessem lembranças para algum familiar.

“Eu já trabalhei até no hospital da minha cidade, onde nós todas nascemos. E todo tempo que eu fiquei ali sempre fui atrás das informações de quem trabalhou na época, qual eram os médicos que faziam o parto, quem eram as enfermeiras que trabalhavam na década de 1990.”

Já Julia passou a procurar por parentes no Instagram que tivessem o mesmo sobrenome. Então encontrou a Camila, mas não a reconheceu, pois buscava por uma irmã chamada Roberta, nome de nascença de Bianca.

Porém Camila mandou uma mensagem pedindo informações sobre possíveis parentes, e descobriu que se tratava de sua irmã. Elas moravam a apenas meia hora de distância uma da outra – Bianca, em Itajaí (SC).

Até o momento as meninas não conseguiram se reencontrar presencialmente pois Julia e Juliana moram fora do país. Mas estão bem conectadas via WhatsApp, onde conversam sobre tudo para se conhecerem um pouco mais.

“É muito gostoso, é muito legal. Então, a gente tem total consciência de que a gente não teve um passado, mas que, daqui para a frente, a gente vai poder ser realmente irmã, sabe? Apoiar uma a outra, participar da vida uma da outra”, celebra Bianca. “Nós nos tornamos um combustível magnífico para a vida uma da outra.”